22 novembro, 2013

Só Repente


É muito triste gostar de quem não gosta da gente.

Uma noite fria, insônia frequente
Um dia de cores rasas, um coração doente
A espera muda de um amor ausente

O terror da fala, no olhar suspense
O tremor que cala e faz prender os dentes
Um choro contido a cada vez que sente
Que o amor sentido, não vivido, reprimido, descontente
Só dará história para mais um outro repente

É muito triste gostar de quem não gosta da gente.

Diego Cruz


Poema desenvolvido seguindo a mota do poeta delmirense Virgílio Gonçalves:
"É muito triste gostar de quem não gosta da gente"